Sendo hoje 28 de maio o Dia Mundial da Saúde da Mulher a CGTP exige em comunicado público um Plano Nacional de Ação contra os riscos profissionais lembrando que as doenças profissionais afectam sobretudo e cada vez mais as mulheres.
Diz a Central Sindcal:«Ao contrário do que acontece em relação aos acidentes de trabalho, a existência de problemas de saúde relacionados com o trabalho é mais frequente entre as mulheres do que entre os homens e a partir dos 55 anos de idade, com predominância de lesões músculo-esqueléticas.
Por outro lado, o stress laboral torna-se cada vez mais frequente em muitos locais de trabalho, cujas causas mais comuns estão relacionadas com a precariedade e a insegurança laboral, as jornadas longas, a carga de trabalho excessiva e o insuficiente número de trabalhadores, enquanto continua por regulamentar a Lei n.º 73/2017, de 16/8 (Prevenção da prática de assédio).
Em 2020, o número de doenças profissionais com incapacidade relativas às mulheres trabalhadoras situou-se em 7.764, o que representa um aumento de 74,5% comparativamente com o ano anterior que registou 4.447 casos. [1]
As Indústrias Transformadoras seguidas das Actividades de Saúde Humana e Apoio Social são os sectores onde se registam o maior número de doenças profissionais das mulheres (58% do total).Esta e outras matérias relacionadas com as actuais condições de trabalho das mulheres vão estar presentes na 8.ª Conferência Nacional da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens – CIMH/CGTP-IN no próximo dia 2 de Junho, em Lisboa.»
Basta ouvir os relatos de sindicalistas dos sectores da educação,textil e da saúde , onde predominam as mulheres,para ver a que estado isto chegou no campo das doenças profissionais consideradas na maioria dos casos pelos serviços como doenças vulgares.