Por Avelino Pinto

Em Coimbra, numa tarde de sábado (20 de Novembro) a BASE – FUT juntou um grupo alargado de militantes e dirigentes sindicais do País e de investigadores da Faculdade de Economia, para debater O SINDICALISMO NO SÉC. XXI. Foi tempo de descoberta dos NOVOS DESAFIOS e das RESPOSTAS SINDICAIS – um  espaço de troca saudável de pontos de vista, uma aprendizagem real, a partir das lutas desenvolvidas nos locais, diariamente, pelos trabalhadores.

As transformações que vêem acontecendo, abordadas pelo Prof. Hermes e pelo Danilo (Sindicato dos Trabalhadores dos Call Centers), e pelo Cesário Borga e Dra. Bia Carneiro focaram-se na realidade – incerta, perversa, desfavorável – das relações laborais, para mapear o desenho de futuro que apontam à luta sindical.

Os trabalhadores confrontam-se com novas necessidades e modos de produção, e também as necessidades suas evoluiram: a melhoria das condições salariais; o acesso a seguro no desemprego; o acompanhamento dos trabalhadores que, esgotados, abandonam o trabalho; a exclusão e desilusão de muitos; a falta de poder. Tudo isto requer um sentido de pertença a uma organização que os proteja, manifesta num representante no local de trabalho, que em muitos não existe, e pela cultura de rede, um capital social forte e estrurante das relações, hoje em dia.

Um outro aspecto da descoberta tem a ver com as actividades sindicais bem sucedidas que apontam para perspectivas renovadas de acção sindical, como: atrair trabalhadores das minorias étnicas e do trabalho atípico; envolver os novos jovens trabalhadores; a oferta de aconselhamento aos jovens que entram no meio de trabalho; o reforço e alargamento da democracia interna, com linhas de comunicação eficaz e consulta regular entre a base e o topo.

Estas descobertas e propostas são marcos que apontam o caminho a seguir. Podemos pedir uns aos outros, que vamos dando conta do que praticamos, no dia a dia? Ficaremos mais elucidados de que é possivel alcançar resultados, e ao mesmo tempo, com uma maior esperança.