«Para lá do Natal de luzes, encontros, presentes e festas, existe outro em que Deus nasce entre a gente que sofre, entre pessoas desesperadas por não verem saídas para os seus problemas».- Diz a Liga Operária Católica/MTC em comunicado a propósito da época natalícia.
E continua a mensagem daquela Organzação:«A falta de emprego digno, o tipo de empregos, os horários, os salários, as diferenças salariais, a pandemia, o custo de vida, os novos descartáveis, as migrações, empregos dignos para os jovens, os invisíveis. As plataformas digitais e a discriminação dos algoritmos a expandir-se para mais sectores, muitas vezes não abrangidos por acordos salariais, a amealhar menos que o salário mínimo, sem férias pagas, direito a baixa médica ou a qualquer outra proteção social, expostos a grandes riscos de saúde e segurança no trabalho, o precariado.»
Por outro lado diz ainda a LOC/MTC:-«Muitos trabalhadores têm um emprego a tempo inteiro e não ganham o suficiente para aceder aos bens essenciais, para si e para as suas famílias viverem em condições dignas e tranquilas. No meio destas realidades muitos enveredam pelo caminho da migração, deixando tudo para trás, com a esperança de encontrar a tranquilidade que as suas vidas necessitam. Migrante que frequentemente encontra incompreensão, insensibilidade e indiferença, rejeição ao que é diferente, gente que não oferece ajuda se não for em troca de algo.»
E terminando o comunicado afirmam os trabalhadores cristãos:«Solidariedade é uma palavra que nem sempre agrada; diria que algumas vezes a transformamos num palavrão, que não se pode dizer; mas é uma palavra que expressa muito mais do que alguns gestos de generosidade esporádicos. (…) É também lutar contra as causas estruturais da pobreza, a desigualdade, a falta de trabalho, a terra e a casa, a negação dos direitos sociais e laborais. É fazer face aos efeitos destrutivos do império do dinheiro (…). (Papa Francisco, Fratelli Tutti, 116)