Dados estatisticos da União Europeia revelaram na semana passada que vivem 15 milhões de jovens no espaço europeu que não trabalham nem estudam.Podiam constituir um novo país no continente maior que Portugal e Holanda.A média da zona euro é de 17,2% de jovens nesta situação, estando a Itália em primeiro lugar com quase 29% ,a Grecia 27% e a Espanha com quase 20%.Portugal está bastante melhor com quase 12%.Após a crise a situação melhorou em quase todos os países.
Esta situação, no entanto, piora quanto ás raparigas.Em Portugal os rapazes que nem estudam nem trabalham são quase 11% para quase 13% para as raparigas.Na Grécia a difença é muito maior com 20% para quase 34% respectivamente.Estudos revelam que o nascimento de um filho é uma das causas que dificulta a entrada no trabalho pois não podem pagar a creche e não têm familiares que cuidem das crianças.
Esta situação tem consequências demolidoras para o futuro destes jovens e para a coesão e justiça social no espaço europeu.Serão necessárias políticas públicas que vão ao encontro deste problema.
Entretanto, na mesma semana, a CGTP realizou o Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores em Lisboa onde salientou a precariedade laboral que afecta em particular os jovens e reivindicou mais emprego.Todavia, nas conclusões finais não aparecem propostas relativamente aos jovens que não estudam nem trabalham.