Avelino Pinto

Nesta sociedade onde o amanhã é imprevisível e as organizações são um colectivo com futuro incerto, a Fundação Solidários nasceu do sonho de uma dúzia de amigos. E, por dento desta Rede Colaborativa Solidária, no começo, no meio e no fim, esteve o José Brás.

Em 1983, um grupo de amigos vindos da JARC e da JOC que criara cooperativas de produção (artesanato, madeira, agricultura), face à situação económica vivida pelos trabalhadores e à solidariedade que se ia perdendo, decidiu (em Penacova, Oiã e Mira d’Aire) criar um projecto de apoio a iniciativas de carácter cooperativo ou comunitário.

O grupo de proponentes (de Oiã, Mira D`Aire, Santo Tirso e Óbidos, de Viana do Castelo, Barcelos, S. Romão, Almada), avançou para a “Fundação para o Desenvolvimento Cooperativo e Comunitário”- uma estrutura de apoio e ligação para “promover o desenvolvimento harmonioso de territórios e comunidades rurais, a valorização e a aquisição de competências pessoais, profissionais e empreendedoras, assente em princípios de solidariedade ecológica, de cooperação e de protagonismo das pessoas”. (Legalização em Soure, 30 de Julho de 1985)

Durante 30 anos, a força continuada, a firmeza serena, o posicionamento criativo do José Brás, foram motor do funcionamento da Fundação, sempre acompanhado da equipa de amigos fundadores e outros, nas horas felizes de realização dos projectos, actividades, inicitativas, ligação a redes dentro do País e na Europa, e nas horas difíceis, quando as dificuldades, obstáculos e falta de projectos, se tornaram maiores. A continuidade da Fundação Solidários, está agora na associação Casa da Fonte Solidária.

As sementes lançadas frutificaram e vão frutificar mais adiante, na ECONOMIA SOLIDÁRIA À ESCALA HUMANA – caminho emergente para assegurar a sustentabilidade e garantir no futuro.

Por isso, afirmamos: aprendemos muito, nós e os grupos e organizações que por todo o País, no norte e no centro, participaram do projecto solidário que erguemos contigo.

Avelino Pinto (Dezembro. 20128)