Américo Monteiro*
Para os cristãos todas as guerras são fratricidas. As guerras contribuem para a ruína e a morte daqueles que deviam considerar-se como irmãos. Todas as guerras são estúpidas, brutas. Como nos diz o Papa Francisco “A guerra é uma loucura! Parem por favor! Olhem essa crueldade! Nenhuma guerra é justa. A ÚNICA COISA JUSTA É A PAZ.”
No ponto em que nos encontramos, é preciso proclamar, fazer ouvir este clamor, as nossas praças, ruas, igrejas deviam encher-se, as populações fazer-se ouvir, em uníssono: Parem estas guerras, JÁ!
Assistimos, pelo espaço mediático, às decisões, opções dos mandantes, mais uns milhões para o esforço de guerra, mais extração de riqueza para ganharem mais com o investimento na guerra… Aumento grave do custo de vida, menos investimentos nas questões sociais, na saúde, na educação, (a maior arma de destruição massiva é a fome)!
Com a minha aprovação, não! E tenho fé que nos juntemos muitos por esta causa. Para Portugal defendo e reclamo, todo o investimento possível na luta pela PAZ. Lutar pelos valores pacifistas, de aproximação entre os povos, todos os esforços pela aproximação entre os povos, para que todos tenham acesso a uma vida digna, água potável, alimentação, educação, autodeterminação, paz.
Gastam-se milhões e milhões por diversos locais do mundo a construir cercas e muros, a impedir que a maioria das populações tenham acesso aos valores mais elementares e direito de todos, saúde, educação, habitação e bens mínimos de subsistência em vez de construir pontes, por onde prossigam os caminhos da paz. Uma ponte não é de sentido único. Se dá para vir, também dá para ir, permite reciprocidade. Sejamos a voz que proclama no deserto. Lutemos por um país que seja exemplo nestes aspetos e não mais um do «rebanho belicista».
Este é o tempo de persistência e de luta. “Deus, o Pai Nosso, que está no Céu (e em toda a parte), suscite no coração de cada ser humano sentimentos de paz, fraternidade e solidariedade, para que consigamos manter este planeta azul como um Paraíso onde haja lugar para todos”. (Luís Martins – P.O.)
*Américo Monteiro Oliveira é o Coordenador Nacional da LOC/MTC
O artigo foi publicado no recente nº 676 do jornal Voz do trabalho