Piergiorgio Sciacqua*
Aproximamo-nos das eleições europeias que para mim são de fundamental importância para o nosso futuro: para o futuro da Europa e para a Europa do futuro!
Em muitos países falamos pouco sobre a Europa e preferimos falar sobre os vários problemas nacionais.
Mas os grandes desafios que enfrentamos – do da Paz ao da demografia, do da transição ecológica ao do desenvolvimento – impõem-nos uma reflexão que não pode ser rejeitada com o não ir votar.
A consciência da necessidade de defender as nossas fronteiras impõe-nos uma nova temporada de compromisso com aquela defesa comum que De Gasperi solicitou com veemência há mais de 70 anos.
Hoje é o momento de dar um passo decisivo: este é o momento da participação.
Não podemos esquecer a nossa história, a nossa identidade, os valores e as nossas origens na antropologia cristã, na democracia e no direito romano!
Depois, há as questões da migração, do diálogo social europeu, do trabalho que já não pode ser apenas uma mercadoria e do desenvolvimento sustentável.
A primeira mensagem está, portanto, ligada ao nosso dever de participar na votação.
Devemos manifestar o nosso consenso com o grande projeto europeu que permanece como um baluarte para a defesa da nossa liberdade, para a paz e para o desenvolvimento de todos.
Rapidamente esquecemos a mudança que fizemos juntos e caímos muito facilmente na retórica daqueles que querendo enterrar esta experiência, a criticam, com falsas esperanças e a ilusão de um regresso aos nacionalismos e populismos já condenados pela história.
A Europa é o nosso futuro!
A Europa é o nosso futuro, o nosso destino, e nas suas raízes a fundação da nossa identidade e da nossa cultura: hoje isto exige que continuemos a ser protagonistas dos tempos com a pessoa humana no centro.
A resposta à crise está na boa política e na esteira da Doutrina Social da Igreja e no ensinamento do Papa Francisco, podemos redescobrir a relação virtuosa entre os cidadãos e as instituições democráticas.
Fortalecer a participação tentando governar a burocracia: neste desafio nós, católicos, temos um papel importante…. Eu diria essencial.
*Copresidente do EZA-Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores
Tradução do italiano de Filipe Tomaz