É muito importante educar para a participação cívica e política desde a escola.Esta foi uma das conclusões do debate promovido pela BASE-FUT no sábado passado, dia 25 de janeiro, em Lisboa, sobre o tema «Participar é um direito e um dever».No entanto, a tradição familiar também é relevante, ou seja, quando se nasce numa família participativa existe uma maior probabilidade das crianças e jovens também gostarem de participar nas associações, partidos e outras organizações.Neste sentido seria importante repensar a cadeira de cidadania nas escolas, tornando-a mais activa, interessante e participativa.
O debate mostrou também que para se participar mais e melhor é necessário ter tempo e meios económicos.Ainda temos largos sectores da população que lutam contra a pobreza e pela sobrevivência e não possuem recursos mínimos para pagarem quotas associativas, para se deslocarem a reuniões, manifestações e outras actividades sociais e políticas..As práticas empresariais de desregulação dos horários de trabalho, nomeadamente a de trabalhar até tarde e mais horas do que está legalmente estipulado cria sérios problemas à participação cívica.Concluiu-se também que é preciso pensar nas potencialidades e limites das redes sociais para participar activamente.
O debate foi animado por Susana Santos, Socióloga e Professora Universitária e colaboradora da BASE-FUT e por Brandão Guedes dirigente desta Organização.