Comissão Pastoral da Terra do Brasil faz história ao registar os milhares de conflitos entre pobres camponeses contra os poderosos fazendeiros, nomeadamente na Amazónia, sensibilizando o Brasil e todo o mundo para a situação de morte e sofrimento daqueles sectores do povo e destruição do ambiente.A situação está a piorar com o governo Bolsonaro.
O «Relatório Conflitos no Campo Brasil 2018» registrou 1.489 conflitos em 2018 ante os 1.431 de 2017, o que representa um aumento de 3,9%. A maioria destes conflitos, segundo Antônio Canuto, jornalista e colaborador da CPT, estão concentrados na região amazônica. Eles somam um total de cerca de 1 milhão de pessoas envolvidas, um aumento de 35,% em relação a 2017 que registrou o envolvimento de 708.520 pessoas envolvidas»informa o documento da Cmissão Pastoral da Terra apresentado recentemente pelos Bispos Brasileiros.
Adianta ainda aquele Relatório que «2.307 famílias foram expulsas do território. Esse número é 59% maior que o de 2017. Para a metodologia da CPT, expulsão é o ato de retirar da terra seus ocupantes, sem ordem judicial (despejo). Nesses casos, os responsáveis pela expulsão são, geralmente, fazendeiros, empresários, o su¬posto dono que, por conta própria, obriga as famílias a sair, principalmente através da pressão de jagunços e, muitas vezes, com a par¬ticipação ilegal da própria polícia. Em grande parte, a expulsão se dá em terras griladas.»Ver