Ontem, dia 4 de junho, o Conselho Nacional da CGTP reuniu pela primeira vez após o Congresso de fevereiro e passados três meses de pandemia.
«Garantir uma vida melhor, para reduzir o impacto económico actual da pandemia e para acelerar o crescimento económico no período pós-COVID-19» é uma das linhas de força da Resolução aprovada naquele principal órgão entre congressos.Mas o documento, que faz uma avaliação política do momento actual, francamente pobre, apresenta e reafirma outras reivindicações justas, tais como:
– Garantir as condições de saúde, higiene, segurança e avaliação de riscos nos locais de trabalho, protegendo todos os trabalhadores; afirmar a segurança e saúde no trabalho como um investimento essencial para garantir as condições de trabalho em todas as empresas, locais de trabalho e serviços;
– Garantir a totalidade dos salários dos trabalhadores cujas retribuições foram cortadas;
– Garantir o aumento geral dos salários de todos os trabalhadores em 90€/mês e a fixação do salário mínimo nacional nos 850€ a curto prazo, bem como a valorização de todas as profissões e carreiras;
– Reverter os despedimentos de todos os trabalhadores que por via dos vínculos precários foram despedidos e defender o emprego de todos os trabalhadores, independentemente do vínculo, com a proibição de despedimentos e a revogação da possibilidade de usar o período experimental para este efeito;
– Combater a precariedade nos sectores privado e público, garantindo que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo;
A Resolução avalia negativamente em termos genéricos a ação da UE sem fazer algo muito importante que é a análise concreta da situação concreta para ajudar os activistas e trabalhadores a lerem as dinâmicas e contradições da actual situação pandémica..Parece que a luta por decisões mais favoráveis aos povos e aos trabalhadores europeus no actual momento passam ao lado da direção da Central portuguesa.