Bispos portugueses reunidos em plenário produzem uma das cartas pastorais mais claras e contundentes dos últimos anos.Com uma linguagem simples e concisa o documento aborda quase todos os problemas portugueses e da Europa da actualidade.Desde o direito à vida , à situação de pobreza de muitos portugueses e aos trabalhadores pobres sem salário justo, ao necessário acolhimento dos imigrantes, à reposição demográfica e a submissão do direito de propriedade ao bem comum e ao destino comum dos recursos e bens.A dado momento os Bispos referem:«Segundo dados do INE em finais de 2018, 21,6% da população portuguesa encontrava-se em risco de pobreza ou exclusão social. A diminuição do desemprego tem contribuído para a redução dessa percentagem, mas persiste a pobreza mesmo entre trabalhadores empregados.»
De seguida os Bispos afirmam que os cristãos não se podem acomodar ao assistencialismo, quer do Estado, quer de outras instituições, afirmação que vem dar razão ao Movimento Sindical e aos movimentos operários católicos que naquele se batem pela valorização salarial, nomeadamente por um salário mínimo justo.O Documento afirma:«Assim, cerca de 10% dos trabalhadores com emprego não consegue o salário justo que permita ao seu agregado familiar viver dignamente, assegurando a educação dos filhos, o acesso à cultura e à formação, a alimentação, a habitação e o lazer. Os cristãos não podem, por isso, conformar-se com uma ação meramente assistencialista do Estado junto dos mais pobres.Ver carta