Manuela Guimarães*
Realizou-se nos passados dia 9 e 10 de Outubro,em Marco de Canavezes, o III Encontro de Convergência Ecológica e Ambiental no qual tive o privilégio de participar em representação da NDMALO-GE (Núcleo para a Defesa do Ambiente de Lordelo do Ouro – Grupo Ecológico).
Este Encontro de Convergência Ecológica, cuja realização ocorre de 2 em 2 anos e com uma Comissão organizadora rotativa, foi este ano organizado pela “Associação dos Amigos do Rio Ovelha”, anfitriã do encontro, pela “Associação dos Amigos do Mindelo para a Defesa do Mindelo”, por “Famalicão em Transição” e pela Associação “Campo Aberto – Associação para a Defesa do Ambiente”. O Encontro teve por tema ”Solos, fonte de vida – Proteção, Conservação, Regeneração” e, além de um momento de apresentação das primeiras organizações citadas e de troca de experiências e ideias entre os representantes das várias organizações representadas no encontro, contou ainda com as interessantes exposições pedagógicas do Professor João Coutinho, da UTAD (sobre solos), da Dra. Ana Luisa Caetano, especialista em ecotoxicologia e biologia ambiental e Dr. João Paulo Fidalgo, também da UTAD (sobre a floresta autóctone). Foi um encontro extremamente rico pelas experiências partilhadas que apontam caminhos possíveis para a sensibilização das populações e dos decisores políticos na defesa do ambiente, desde a salvaguarda da biodiversidade, à defesa da floresta autóctone abrindo perspetivas económicas de setores nem sempre lembrados, mais respeitadores do ambiente, como também das possibilidades da economia circular, entre outras.
O fim de semana culminou com a plantação de um freixo da nossa floresta, clone por germinação do freixo que deu o nome a Freixo de Espada à cinta, oferecido pelo Eng. Carlos Silva, do Instituto da Conservação da Natureza e das Floresta (Viveiro Florestal de Amarante) e com uma caminhada nas margens do Rio Ovelha, em que se foram identificando espécies autóctones e invasoras, vindo a terminar com a visita ao moinho de Várzea, reconstruído por iniciativa dos amigos do Rio Ovelha. A Associação promove agora visitas pedagógicas a este moinho, dirigidas nomeadamente às escolas, para ilustrar o ciclo da história do pão e testemunhando da sua importância ao longo da história.
De referir que estiveram presentes no encontro mais 12 organizações para além das já citadas: Espaço VIPA 1051, Palombar, Bem da Terra, ZERO, NDMALO, H2AVE, Associação Portuguesa de Turismo Sustentável, Organização para a Promoção dos Ecoclubes, ASPEA, Aliança para a Floresta Autóctone e ainda a Universidade Lusófona do Porto, com um total de 35 pessoas (salvo erro).
O primeiro destes encontros ocorreu em 2017, o que deu origem à Carta de Famalicão, à qual foi feito de 2019 em diante um aditamento, subscrito neste Encontro de 2021, e que pode ser subscrito a título individual ou por outras organizações no site:
https://carta-de-famalicao.webnode.pt
*Militante da BASE-FUT e Licenciada em Ciências Sociais