Brandão Guedes*
Nos Estados Unidos da América assistimos a um movimento de revitalização sindical. São muitos os jovens que querem trabalhar apenas quanto baste, sem stresse e com um horário flexível que lhe permita «fazer outra coisa na vida”. Muitos destes jovens descobriram a necessidade de se sindicalizarem para melhor defenderem os seus direitos perante empresas sem rosto e todas-poderosas!
Na Europa, apesar da baixa taxa de sindicalização, há setores onde os jovens aderiram aos sindicatos mais reivindicativos e lutadores para defenderem um trabalho digno e contra a precariedade que os torna objetos descartáveis. São jovens que independentemente das suas crenças religiosas ou posições políticas aderem ao sindicato ou comité de empresa para agirem e não ficarem passivos na vida. Muitos deles são ativistas sindicais e ao mesmo tempo ativistas de outras causas como a Palestina, o ambiente ou os direitos de minorias. Podemos dizer que aderir ao sindicato é fixe, é útil!
Mais do que ficar isolado na empresa ou apenas no grupo de amigos restrito o jovem adere a um coletivo intelectual de ação como são alguns sindicatos, ganhando uma outra dimensão cultural e uma consciência de ativista. Entende que uma sociedade não é um conjunto de indivíduos atomizados, apenas com objetivos individuais, mas antes um coletivo que aspira a objetivos sociais, ao bem comum, ao bem-estar de todos.
Um sindicato não pode ser um mero gabinete jurídico, que emana ordens de ação corporativa, pensando apenas no seu grupo profissional. Um sindicato é um instrumento essencial para se conseguir o bem-estar económico, social e cultural dos seus associados e de todos os trabalhadores!
O pagamento de uma quota mensal não pode impedir a adesão ao sindicato. As finanças devolvem a dobrar o montante da mesma no IRS.
*Dirigente da BASE-FUT