A (in)segurança no emprego e a proteção social vão ser os temas de um colóquio que vai ter lugar no dia 24 de março, no ISCTE,Lisboa, subordinado ao tema geral «DESMERCADORIZAR O TRABALHO?»
Segundo os organizadores «o colóquio pretende fazer uma leitura transversal sobre os impactos recentes das crises sociais e económicas nas condições laborais e sociais das pessoas, nas formas de atuação das políticas públicas, e nas maiores ou menores vulnerabilidades que atingem os territórios.
O colóquio organiza-se em 4 painéis. Nos dois primeiros apresentar-se-ão resultados sobre investigações em curso relacionadas, por um lado, com o estudo das reconfigurações produzidas nos mercados de trabalho (em Portugal e na UE) resultantes das dinâmicas recentes de emprego, desemprego e de precariedade laboral e, por outro lado, com a análise das modalidades de implementação das políticas de emprego e de proteção social em diferentes períodos temporais e diversos contextos geográficos.
O terceiro painel, que é dedicado à agenda do emprego garantido (Job Guarantee) no contexto da transição para uma economia verde e sustentável, assenta na comunicação do economista político Eduardo Garzón (Universidade Autónoma de Madrid).
No último painel apresenta-se uma abordagem exploratória para compreender como a existência de determinadas vulnerabilidades no momento pré-crise conduziu a diferentes impactos da pandemia nos territórios em Portugal. Partindo da escala municipal, a análise define uma tipologia de territórios vulneráveis em função dos graus de exposição e de suscetibilidade que incorporam.
O colóquio finaliza com a apresentação e o debate em torno do web-documentário “Demasiado Novo para ser Velho” que reúne 6 percursos de vida, descritos na primeira pessoa, de trabalhadores e desempregados que lutam todos os dias para sobreviver e não cair em situações de extrema privação e vulnerabilidade social. O colóquio enquadra-se no projeto “EmployALL – A crise do emprego e o Estado Social em Portugal: deter a produção de vulnerabilidades sociais e de desigualdades” (referência PTDC/SOC-SOC/30543/2017) financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia através de fundos nacionais.»
Nos painéis está prevista a intervenção de vários cientistas sociais do ISCTE e do CES. que trabalham há anos nestas áreas.
Fonte : CES/UC