A tecnologia digital tem um grande impacto nas condições e na organização do trabalho mas tem que garantir o trabalho digno.As organizações de trabalhadores devem agir para que a digitalização não deixe ninguém pelo caminho e que não se aprofunde mais o fosso da desigualdade.Estas são algumas ideias fortes do primeiro painel do Seminário Internacional «Trabalho digital,trabalho digno?-os desafios da digitalização da economia para as organizações de trabalhadores» que teve hoje o seu iníicio no Hotel Arribas, Praia Grande, Sintra .
A Sessão de Abertura do evento, promovido pelo Centro de Formação e Tempos Livres da BASE-FUT com o apoio do EZA-Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores e da Comissão Europeia , teve a participação de Paulo Caetano e de Luc Van den Brande Presidentes respectivamente destas duas entidades que salientaram a pertinência dos debates sobre a digitalização e do papel das organizações de trabalhadores .
O primeiro painel, moderado por Susana Santos, dirigente da BASE-FUT, teve uma intervenção de Tiago Santos Pereira investigador Sénior do COLABOR-Laboratório Colaborativo para o Trabalho,Emprego e Proteção Social muito centrada no teletrabalho ,vantagens e constrangimentos e os resultados de estudos efectuados pelo Colabor, insistindo que o trabalho à distância não deve ser assumido acriticamente mas estudadas as vantagens e desvantagens.No debate foi mesmo afirmado que a actual lei do teletrabalho , Lei 83/2021, deveria ser aperfeiçoada porque tem aspectos controversos e de difícil aplicação.