Transição energética deve ser gradual,equilibrada e justa

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Em seminário  internacional realizado pela Fiequimetal, Federação Sindical da indústria e energia portuguesa,no passado dia 25 de fevereiro, na sede da CGTP, Lisboa, a chamada transição energética foi analisada de forma muito crítica e considerada uma agenda que não defende o emprego e os interesses dos trabalhadores.

Na resolução final do seminário podemos ler:«Colocada publicamente como panaceia para a resolução dos problemas decorrentes das alterações climáticas, a transição energéticavançou, em Portugal e na UE, com uma agenda escondida e só trouxe destruição de capacidade produtiva e de postos de trabalho ».

No texto  ainda podemos ler:«No seminário foram várias vezes referidos os encerramentos intempestivos das centrais termoeléctricas de Sines e do Pego e da refinaria do Porto, lembrando factos mais recentes que comprovam a justeza das críticas dos representantes dos trabalhadores e da firme contestação organizada pela federação e pelos sindicatos.
Helder Guerreiro, dirigente da sindical e da Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, notou que a verdadeira razão para o fecho da refinaria foi revelada há, quando a GALP, a CM Matosinhos e a CCDR Norte assinaram um protocolo para a construção de uma mega-urbanização à beira-mar, nos terrenos onde funcionou o complexo petroquímico»

Na moção da Fiequimetal aprovada em 2021 no Congresso da Federação Europeia da Industria.,IndustrialALL Europe, podemos ler::«a transição energética pretendida deve ser gradual e equilibrada, para que ninguém fique para trás; deve garantir postos de trabalho sem perda de direitos, com formação de qualidade e reconversão profissional (quando necessário); e deve trazer progresso à indústria e às economias dos cidadãos e dos países.

São rejeitadas tentativas de abusar do «Fundo para uma Transição Justa» para empreender uma reestruturação económica brutal, sob o pretexto de protecção ambiental, como sucede em Portugal.

São condenados os encerramentos da Central Termoelétrica de Sines e da Refinaria do Porto, pelo que representam em perda de emprego e desaceleração do crescimento económico e industrial.

Considera-se prematuro o projecto europeu do hidrogénio e preocupante o abandono do gás natural como fonte de energia mais limpa e rentável, ao contrário do que acontece no caso alemão, cujo plano de mudanças tem como meta 2038.

Fonte:Fiequimetal

 

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