Fernando Abreu*
Todos os cidadãos, mas de modo especial os trabalhadores e as suas Organizações representativas, independentemente de opções ideológicas, têm razões acrescidas para, perante a sua morte, recordar, com emoção e gratidão, Otelo Saraiva de Carvalho, o capitão que, corajosamente e determinadamente, ponto em risco a própria vida, assumiu a responsabilidade que lhe foi confiada pelo Movimento das Forças Armadas de planear e dirigir as operações militares que puseram termo a cerca de cinco décadas de ditadura fascista.
A liberdade que, hoje usufruímos, “não caíu do cèu” e tem um principal Feitor, o OSCAR que, competentemente, com a colaboração dos seus camaradas de armas, alcançaram o objetivo, tantas vezes anteriormente fracassado, de libertar o Povo português e os das colónias, do regime salazarista/caetanista que sobrevivia graças ao medo e à repressão da PIDE/DGS e da Censura.
Recordar Otelo, é recordar o Revolucionário que não se alcandorou ao “poleiro”, não reivindicou graças, e só por imperativo da disciplina militar, foi promovido a patentes provisórias.
Já vi escrito, que a seu tempo se fará juízo sobre o “bem” e “mal” que lhe de ve ser reconhecido ou assacado. Porém a História é ”o que se faz” e não “o que se conta”. É irrefutável que o OSCAR (Otelo Saraiva de Carvalho) comandou as Operações que puseram fim à ditadura e devolveram a Liberdade ao povo português.
Honra lhe seja feita.
Viva a LIBERDADE
Viva Otelo Saraiva de Carvalho.
*Fundador e Primeiro Coordenador Nacional da BASE-FUT