A exploração laboral de trabalhadores agrícolas, nomeadamente imigrantes, a organização criminosa de intermediários mafiosos e o combate aos mesmos foi o principal tema em debate ontem no seminário internacional de segurança e saúde no trabalho promovido pelo Movimento Cristiano Lavoratori na cidade de BARI, Itália, e que teve o apoio do EZA e da Comissão Europeia. Alfonso Luzzi, secretário geral deste movimento católico, afirmou que se trata de um combate actual pelos direitos humanos.
O caso de «Paula», uma trabalhadora agrícola italiana que em 2012 morreu de fadiga a apanhar uva, suportando horários diários de 15 horas, alertou toda a Itália para as condições de trabalho neste sector e proporcionou que os deputados aprovassem a Lei 199 que melhorou o combate ao crime organizado de de tráfico de pessoas para exploração laboral.Esta lei melhorou substancialmente as condições de trabalho no sector agrícola beneficiando milhares de pessoas em termos de saúde ,segurança , condições de alojamento, saúde e combate à máfia na agricultura, uma verdadeira epidemia naquele País.Foi também referido pelos participantes portugueses que o trabalho ilegal na agricultura em Portugal também existe, com particular destaque na agricultura do Alentejo, onde trabalham milhares de imigrantes asiáticos e romenos.