O encontro no Vaticano sobre abuso de menores, que decorreu de 21 a 24 do corrente mês, e que encerrou ontem com um discurso duro do Papa Francisco, deixa em aberto o debate e pricipalmente a concretização de medidas em cada diocese a partir de directrizes agora afloradas.Para alguns, nomeadamente algumas associações de vítimas, o Encontro não produziu as medidas concretas desejáveis deixando muita margem de liberdade aos Bispos, alguns dos quais ainda não estão convencidos de que são necessárias medidas mais duras como a passagem ao estado laical imediato e entrega à justiça civil dos abusadores.
Alguns comentadores consideram que o Papa Francisco no seu discurso final acabou por recuar relativamente ao que disse na abertura da cimeira e que, portanto, ainda vão ser necessários mais esforços para que a Igreja Católica tome medidas fortes de prevenção e castigo dos abusos e reparação justa das vítimas.Há quem avance inclusive que a situação exige um sínodo ou um concílio para que se faça uma verdadeira renovação das mentalidades e procedimentos relativamente a este problema que vai minando a credibilidade da Igreja.