Ontem, na apresentação de resultados da companhia,Michael O,Leary, conselheiro da administração,ameaçou os sindicatos que convocaram as greves para amanhã e depois com o fecho de rotas e desemprego quando chegar o inverno, caso venham mais greves neste verão.O representante da Ryanair espera mais greves porque «não estão dispostos a ceder a reivindicações não razoáveis que comprometem as tarifas baixas…» e claro os lucros da empresa.A dureza da Ryanair está relacionada com as perdas de 20% nos lucros devidas ao cancelamento de voos nos países em greve, nomeadamente a Espanha, Portugal e Bélgica.Entretanto, foi alcançado um acordo com o sindicato alemão Ver.di.
A USO, que convocou a greve em Espanha, em conjunto com o Sitcpla ,considera que a empresa volta a utilizar a chantagem em vez da negociação.Entretanto, o SNPVAC, convocante da greve em Portugal, exige que a companhia aplique a lei portuguesa e o normativo comunitário e termine o assédio aos trabalhadores para que não façam greve.Ver declaração de Fernando Gandra, dirigente do SNPVAC, noutra notícia neste site.
Entretanto, o governo português não pode ver este conflito e «assobiar para o lado».Tem que intervir, nomeadamente através da ACT, para fazer aplicar a legislação do trabalho e defender os direitos dos trabalhadores.
Esta é uma greve muito especial porque mexe com os direitos dos trabalhadores em empresas transnacionais em que estas aproveitam para aplicar a legislação mais conveniente para a exploração intensiva dos trabalhadores.Por outro lado, o trabalho conjunto entre sindicatos europeus mostra o caminho de unidade europeia nas lutas, absolutamente necessária para reequilibrar as forças sociais e promover o trabalho digno!