COP 24 Katowice -uma transição energética justa

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Por Américo Monteiro*

O tempo urge, vamos já na COP 24. Passaram mais de 3 anos do Acordo de Paris sobre o clima e as evidências dos riscos de aquecimento do Planeta são muitas, as catástrofes climáticas são frequentes e a intervenção necessária para melhorar o ambiente não se vislumbra.

Os combustíveis fósseis são a grande fonte emissora de CO2 para a atmosfera. Os países e regiões geográficas, apontam metas para a eliminação da emissão de gases com efeito de estufa, mas na prática isso não se constata.

Países de grande influência económica no mundo, continuam a extrair carvão para reservas futuras ou para consumo imediato, em grandes quantidades.

Há ideia, na Europa, que tudo se resolve com a introdução de novos impostos às empresas mais poluentes, quando se sabe que para se conseguir manter o aumento da temperatura abaixo  do 2ºC, a grande maioria das reservas de carvão, de gás e de petróleo, já não podem ser explorados.

A indústria petrolífera é a principal responsável das emissões poluentes e os países ricos os principais culpados pela maior quantidade de emissões de gases com efeito de estufa, sendo injustamente os países que menos contribuem para isso, os que mais sofrem os efeitos das alterações climáticas.

Onde estamos? Onde queremos ir? Como chegamos lá? Foi à volta destas 3 perguntas que o diálogo decorreu na fase preparatória da Conferência COP 24, que se irá realizar este mês de Dezembro de 2018, na Polónia.

Todos sabemos que estamos numa fase de grande influência dos negacionistas das alterações climáticas, de grandes governantes do mundo, como o Trump, o Bolsonaro e outros que tais, que não são mais que os defensores do grande capital em busca do lucro a qualquer custo e sem medir consequências.

Hoje, no mundo sindical, a questão das alterações climáticas é já um tema de grande debate. Nos documentos de análise das grandes confederações continentais e mundiais o debate surge com algum destaque.

Há ainda alguma dificuldade em alguns países e sindicatos mas vai-se fazendo caminho. É já reclamação de alguns, a necessidade de uma transição justa para energias renováveis e não emissoras de gases com efeito de estufa.

Cada vez mais, organizações sociais e políticas dão atenção especial à luta contra as energias fósseis, exigindo a mudança para uma aposta em energias limpas.

Estudos e análises, a provar que é possível a criação de muitos empregos na produção dessas energias limpas e renováveis, ganham credibilização junto das populações.

Falta o empenho de muitos,

Somos cada vez mais.

Junta-te à luta!

Participa!

 

*Membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, dirigente do CESMINHO, dirigente da LOC/MTC e participante do CAT da Base Fut.

Foto wikimedia

 

 

 

Junta-te à BASE-FUT!